Antes do Pentecostes

O livro de Atos dos Apóstolos nos conta a história dos primeiros dias da Igreja, tanto que alguns o chamam de Atos da Igreja e, também, Atos do Espírito Santo através da Igreja. Partindo desse entendimento, podemos afirmar que ele é um livro que está em processo de completude porque a história da igreja continua em curso e o Espírito Santo segue agindo da mesma maneira, como há dois mil anos atrás em Jerusalém.

O capítulo 2 de Atos registra exatamente o início da história da Igreja, com a descida do Espírito Santo sobre 120 irmãos que se encontravam reunidos naquele lugar. Aquela ocasião ficou marcada em suas vidas por acontecimentos jamais vistos. Eventos extraordinários tais como: barulho como de um vento impetuoso; línguas repartidas como de fogo e todos sendo cheios do Espírito Santo; irmãos falando em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem; perplexidade e surpresas entre os habitantes de Jerusalém.

Ao lermos sobre esse episódio tão maravilhoso e com tantas manifestações do poder de Deus, surge em nossos corações uma pergunta: O que devemos fazer para vivenciar, nos dias atuais, a experiência do Pentecostes?

Para responder a essa pergunta, precisamos estudar o que aconteceu antes desse evento miraculoso e, ao fazê-lo, nos deparamos primeiramente com a Cruz de Cristo. Não podemos pensar em Pentecostes sem falarmos de Páscoa. Não existe Pentecostes sem Cruz, senão vejamos: Cinquenta dias antes da descida do Espírito Santo, Jesus Cristo tinha sido entregue por nossos pecados na Cruz do Calvário. Seu sangue remidor foi derramado sobre a terra para expiação dos nossos pecados e aqueles irmãos que estavam reunidos no cenáculo tinham passado pela Cruz.

Em segundo lugar não podemos falar em Pentecostes sem Obediência. Observem que o próprio Jesus ressuscitado havia lhes dado a ordem para ficar em Jerusalém, sem maiores explicações. A ordem foi ficar e eles obedeceram.

Em terceiro lugar a Bíblia fala que eles estavam reunidos. Não existe Pentecostes sem Unidade. Estavam reunidos em torno da mesma esperança. Debaixo da mesma ordem. Com as mesmas expectativas.

E, finalmente, o texto nos fala que, por volta da terceira hora do dia – nove horas da manhã – eles receberam o Espírito Santo. Mas qual a importância do registro do horário no qual eles foram cheios do Espírito Santo? Justamente porque essa era a hora de uma das orações feitas pelos judeus, ou seja, era a hora da oração, evidenciando que não existe Pentecostes sem Oração.

Portanto, se desejamos que o Espírito Santo continue agindo como fez no passado, devemos nos reconciliar na Cruz de Cristo, pois o seu sacrifício nos garante acesso ao Pai. Devemos também Obedecer à Sua ordem e manter-nos firmados na Sua palavra, no local onde Ele nos colocou. Precisamos manter-nos unidos em Seus propósitos, como um só corpo e nunca nos esquecendo do nosso compromisso com a oração, lembrando que, quanto oramos, com os corações sinceros e quebrantados, estamos nos relacionando intimamente com o nosso Deus.

Pr. Van Dyck Oliveira

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